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Adele, sabor Chandelle

Gosto de dar um tipo de sabor para tudo que gosto, talvez porque comer seja meu maior prazer. Cinestesia? Provável. Fechar os olhos e sentir um cheiro que te leva a um sabor, um sabor que te leva a algum lugar, um lugar que te leva a alguém, e se alguém te arrastou até aí usando esses sentidos é porque o tato é a cereja do bolo.

Filosofando no Cast 004 – Arte, Música e Velharias, falei que sou apenas uma apreciadora de música, fico feliz e também sofro com as canções que me tocam, ou seja, um pote de manteiga derretida.

Nos últimos meses abri os olhos e fui atrás de quem seria essa que teria “o dom de fazer homens crescidos chorarem”, como disse Alexandre Inagaki sobre Adele. Abri os ouvidos. Não acho que me atrasei em conhecê-la, acho que a conheci no momento certo, pois estava com os ouvidos abertos e me esforçando para fechar a torneira de lágrimas, espanada e sem controle.

Esses dias, frases que não procurei me encontraram e em sequencia fizeram sentido, como as músicas de Adele:

Às vezes gostaria de ferir os sentimentos de certas pessoas com uma serra elétrica. @LitaRee_real

Ama-me quando eu menos mereço, pois é quando eu mais preciso @elanios

Logo, um amigo meu disse: “Ouço Adele e me dá vontade de comer brigadeiro” @stivelberg.

Achei engraçado a sequência que as frases chegaram a mim,  encaixando-se como uma canção. Não associo Adele a brigadeiro. Brigadeiro é muito doce e acho melhor descrevê-la como Adele, sabor Chandelle. É doce, mas não melado; é consistente, mas não é tão firme; dependendo até amargo.  Continue lendo